DIZEMOS MILHARES e milhares de palavras todos os dias sem pensar no que estamos falando. Sem sacar a origem delas. Nada melhor, quando não se tem o que fazer, do que ficar buscando a origem de algumas delas. Por exemplo:
Coitado: e aquelas mães que vivem dizendo: "coitadinho do meu filho..." Será que elas têm noção que um sujeito coitado é porque levou um coito? Por isso que hoje em dia fala-se muito: coitado do Brasil.
Avacalhar: se você vive dizendo esta palavra é porque as coisas estão mais para vacas que para seres humanos, o que é uma grande avacalhação com quem quer que seja.Forró: esta expressão tem várias origens. A melhor delas é que a palavra teria surgido durante a ocupação de Natal pelos americanos durante a Segunda Guerra. Às vezes os oficiais ianques davam festa e todos eram convidados. Era uma festa for all. Com o tempo...
Abruptamente: é você fazer algo com muita brutalidade. Cuidado.
Bandido: eram aquelas pessoas maldosas que andavam em bando, saqueando, assaltando.
Bandeira: era o dístico, o distintivo destes bandos, destas cidades, daqueles países.
Soldado: pessoa convocada para a guerra mediante o recebimento de um soldo.
Salário: na Roma antiga, muitos pagamentos eram feitos com saquinho de sal, daí o salário. Não me perguntem o que os romanos faziam com tanto sal.
Agarrar: pode parecer coisa da Idade Média, pois agarrar é exatamente meter as garras em algo. Se você não tem garras, nunca use este verbo.
Embarque: quando surgiu esta palavra, queria significar entrar no barco para partir. Hoje usa-se a mesma palavra para se entrar nos carros e, o mais estranho ainda - para se entrar num avião. O que nos leva a crer que o avião também é uma embarcação.
Livro: a palavra vem do latim libero (livre). Portanto, o livro deve ser sempre algo livre, sem censuras.
Criado-mudo: claro, é aquele móvel que está ali ao lado da sua cama para Ihe servir, para
você colocar coisas nele. E ele é ótimo, pois não fala.
Crônica: deve vir de cronos: tempo, relógio, periodicidade.
Escrivaninha: claro, é o lugar onde se sentavam os escrivães antigamente. Isso me lembra uma história que aconteceu com um meu pai. Eu andava com a mania de dizer tudo no diminutivo. Meu pai, preocupado com minha masculinidade , foi logo proibindo-o de dizer qualquer palavra que fosse no diminutivo. Um dia ele foi levar a escrivaninha que estava no reparo. Eu fui logo dizendo:
— Mãe, o pai está aí com a escrivana.
E tem mais, muito mais palavras . Solte a sua imaginação, e deixe de minhocar.
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